O laudo da morte do voluntário que participava dos estudos da CoronaVac, vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac , em parceria com o Instituto Butantan, foi divulgado nesta terça-feira, 10. A TV Cultura teve acesso ao documento o IML, que indica que o homem de 33 anos cometeu suicídio.
Nesta manhã, o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, já havia afirmado que era impossível que o efeito adverso tenha tido qualquer relação com a vacina e que havia ocorrido por um evento externo.
Ele disse que não poderia dar detalhes por essas informações envolvem sigilo, mas que a Anvisa já tinha tido acesso a todos os dados. “Nós estamos tratando aqui de um evento adverso grave que não tem relação com a vacina. Essa informação está disponível na Anvisa desde o dia 6, quando foi notificado o evento adverso grave”, afirmou.
Covas ainda disse que foi avisado sobre a interrupção do estudo por e-mail e 20 minutos depois a decisão da Anvisa já estava sendo noticiada. “Não seria mais justo, mais ético, mais compreensível marcar uma reunião para discutir isso”, questionou?
“O que não é normal é transformar um fato normal em algo anormal. Isso causa dor, causa insegurança em quem já recebeu a vacina e dificuldade naqueles que querem ser submetidos ao estudo, que estão na fila par receber a vacina”, afirmou o diretor do Instituto Butantan.
Há a suspeita de que a decisão da Anvisa tenha motivos políticos e não técnicos para barrar o estudo, já que existe uma guerra declarada entre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o governador João Doria (PSDB).
Veja também: ‘Impossível que efeito adverso tenha relação com vacina’, diz Butantan
Voluntário da CoronaVac teria morrido em razão de suicídio, diz laudo publicado primeiro em Catraca Livre
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