Um encontro em família para comemorar o aniversário de um idoso de 70 anos terminou com seis pessoas infectadas com a covid-19 e outras 16 com sintomas da doença. O caso aconteceu em Registro, no interior de São Paulo.
Ao G1, a filha do idoso, Lucieny Moura, que é técnica de enfermagem, contou que os familiares começaram a apresentar os sintomas três dias após a festa. Eles apresentaram diarreia, vômito, perda de apetite, fraqueza e dores de cabeça e musculares.
Lucieny também sofreu com os mesmos sintomas a partir do sétimo dia. Segundo ela, nem todos que estiveram na festa de aniversário conseguiram fazer os testes de diagnóstico, mas mesmo assim entraram em isolamento por duas semanas.
Ninguém precisou ser internado, mas, segundo a técnica em enfermagem, foram momentos difíceis. A preocupação maior era meus pais, que estavam bem fracos, já sem comer e com muita dor”, contou.
Risco em festa familiares
O caso de Lucieny serve de alerta para o risco de encontros mesmo que em família e com poucas pessoas. “Para mim, foi uma surpresa, pelo tanto que me cuidava”, contou.
Em casos assim, basta uma única pessoa estar contaminada para passar o vírus para frente. Em muitas vezes, pelo fato de o infectado não apresentar sintomas, isso acontece sem que ninguém suspeite de nada.
A aproximação física, o compartilhamento de copos e talheres, abraços, a conversa bem de pertinho. Tudo isso colabora para o espalhamento do vírus. Sem contar, que em reuniões assim muitas pessoas acabam abandonando a máscara por julgarem não ser necessária.
No entanto, vale reforçar que as medidas preventivas precisam ser seguidas mesmo em reuniões particulares. É preciso manter o distanciamento seguro, lavar sempre as mãos e fazer uso da máscara.
Um estudo feito por pesquisadores da Universidade de Oxford, no Reino Unido, e do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos, criou uma tabela que ajuda a entender o risco de pegar covid-19 em diferentes eventos sociais, o que inclui reuniões em família.
Os pesquisadores também consideraram o uso de máscaras, o tempo de permanência no local e até se as pessoas estão em silêncio, conversando ou gritando.
Descobriu-se que em locais mal ventilados onde, por natureza, as pessoas falam mais alto ou cantam, como em um karaokê ou bar, por exemplo, o risco é considerado alto, mesmo que essas pessoas usem máscara. Continue lendo aqui.
Veja também: Estudo identifica a ordem do aparecimento dos sintomas da covid-19
Aniversário em família termina com 16 pessoas com sintomas de covid-19 publicado primeiro em Catraca Livre
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